Morre lentamente..

Sabe quando você ama uma música, passa anos sem ouvir, e quando ouve de novo se reapaixona por ela mas de uma forma totalmente diferente? isso aconteceu ontem ao ler um texto de Martha Medeiros.
Em alguma época da minha vida li e achei muito certo o que está escrito ali, chegando a concordar com cada frase... mas só. Ontem por acaso em uma página de Filosofia li o mesmo texto em espanhol e me deu aquele ''bum!''.
Têm tudo a ver com o que vira e mexe comento com o Fiorelo, por conta dessa convivência com cada vez mais pessoas, de diferentes lugares e com escolhas de vida distintas: as pessoas estão perdidas.
Me impressionou enxergar que a maioria das pessoas não têm convicção do que quer na vida, e as que acham que têm, só estão dispostas a concretizar seguindo um caminho pré-feito mentalmente de acordo aos seus gostos e caprichos pessoais. ''Não é como imaginei, vou buscar outra coisa.'' Sabe, não entendo a facilidade das pessoas de criar e destruir sonhos; Como se a vida fosse eterna, como se nada valesse tão a pena a ponto de superar desafios e passar por cima de si mesmo pra conquistar algo maior. Entendi com o passar e pesar do tempo, que as pessoas estão sempre esperando o arco-íris aparecer na frente da sua janela, e passam dias imaginando esse momento que será um marco de águas, mas não estão dispostas sequer a abrir a janela todos os dias de manhã.
Enfim, desfrutem o texto:


''Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade. "

Comentarios

  1. Lindo texto Su, realmente agente tem concluído várias coisas esse ano e esse texto meio que dita algumas dessas conclusões. E quando eu digo "agente tem concluído.." eu digo porque temos passados por experiencias distintas (apesar de viver 24 horas juntos e estar sempre nos mesmos lugares), mas compartilhamos um com o outro nossas impressões sobre os dias, o mundo e as pessoas. Esse compartilhar me dá a impressão de que olhamos tudo de um ponto de vista muito parecido. Consequentemente, passado presente e futuro também :D

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  2. Linda mesma é a sua percepção sobre o texto e como o contextualiza na sociedade... sua sensibilidade é invejável! Bjos

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  3. Obrigada Jannah, adorei ver vc comentando aqui! E não acredito que vc tem um blog, que legalll!! :D

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  4. Lindo o texto Su... vou usar com os meus alunos, pq eu estava falando esses dias sobre isso... deles serem estáticos e mais preconceituosos que as pessoas mais velhas, de não se abrirem para o novo, para novas experiências. Vejo isso todo dia e fico triste principalmente por ver isso em pessoas jovens que tem um mundo de possibilidades.
    Vamos viver bem e intensamente =)

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