31 de Dez de 2015

Tem pessoas que parece que não entram na nossa vida, são colocadas. 
Quando conheci você, minha passagem pra Buenos Aires já estava comprada, eu não via a hora de ir embora e você só pensava de forma remota se ia ou não. O momento e lugar não eram nada ideais, eu sei, mas a gente não escolhe por quem se apaixona (ainda bem!). 
Foram menos de 15 dias desde o primeiro beijo até o beijo de despedida. O primeiro foi beijo de cinema, no último eu estava tão ansiosa que nem lembro. Teve muita conversa, friozinho na barriga e uma certeza estranha de que aquilo era amor. 
O tempo voou, e eu também. Cheguei à AR, mas antes te disse: compra passagem só de ida. 
Um mês depois, às 00:45 do dia 31 de dezembro, eu me via no saguão vazio do Ezeiza esperando um carinha que eu mal conhecia. Meu coração estava quase saindo pela boca e lembro de em algum momento me perguntar "meu deus, que que eu tô fazendo?". Tomando uma das melhores decisões da sua vida - era a resposta -, mas eu ainda não tinha ideia disso. Cinco anos se passaram e eu ainda sinto orgulho da coragem de termos seguido o coração, mesmo sabendo que poderia dar tudo errado. E ele estava certinho, não deu.

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